Os dois são menores de idade. Adryan tem 16 anos e fará aniversário
em agosto; Lucas Piazon é de janeiro e já completou 17. São dois adolescentes
que estariam dividindo o seu tempo entre estudos e lazer não fosse
o futebol e o Sul-Americano sub-17, em abril. Destaques na campanha
vitoriosa da Seleção Brasileira no Equador, com três gols cada, ambos agora
lidam com a fama. Ascensão suficiente para colocá-los como espelho para
gente ainda mais jovem.
Além de serem reconhecidos e parados nas ruas, o meia do Flamengo e o
atacante do São Paulo, que irão disputar o Mundial da categoria a partir da
próxima segunda-feira, no México, viram suas vidas mudarem desde o título
com a equipe do técnico Emerson Ávila.
– Às vezes quando saio na rua, vou ao shopping passear, algumas pessoas
me chamam de longe. “Ô, Adryan!”. Eu olho e não reconheço, até que me lembro
que é pelo futebol, e aí tiro uma foto. Posso dizer que essa fase está sendo
muito legal, me sinto bem e percebo que as pessoas pedem para tirar fotos
com o Adryan, me veem como exemplo. Fico muito feliz com isso –
As situações pelas qual Lucas passa em seus dias de folga também não são
muito diferentes. Vendido ao Chelsea, da Inglaterra, em transação que chamou
a atenção pelo alto valor (R$ 17,4 milhões), Piazon ainda mantém laços com o
São Paulo. Ficará no clube até completar 18 anos, no início de 2012. Até lá, os
torcedores querem aproveitar que o ex-futuro ídolo ainda é tricolor.
Como fico durante a semana no CT de Cotia, não tenho muito contato
com a galera de fora. No São Paulo, os meninos mais novos agora vêem
mais jogos do juvenil, procuram ter mais contato comigo para me ter como
exemplo mesmo. No fim de semana tem as idas aos shoppings, os aniversário
s de amigos, principalmente da minha namorada, e tem muito são-paulino
no meio. É até engraçado porque todos já vêm falar comigo, tirar fotos, e ela
fica só tirando sarro (risos). Para mim é
legal e não vejo problema nenhum nisso.
Com a transferência, o inglês também passou a fazer parte do cotidiano de Piazon.
Através de seu Twitter - com mais de 12.700 seguidores -, ele se comunica com
torcedores do Chelsea, curiosos sobre a nova aquisição milionária do clube, e também
com jornalistas ingleses. A língua nunca foi problema, já que a sempre estudou desde
pequeno.